AMOR, NINGUÉM DOMINA...
Não há amor em paz e harmonia,
É a constante de laço e incerteza,
E só o sabor e fim da sobremesa,
Entre o êxtase, e o vir da agonia.
Mas que tolo diga que o domina,
Mascarando o olhar em firmeza,
Na denúncia do corpo na frieza,
Onde morre a razão, se culmina,
Pois a saudade dele é concubina,
O inverso desastroso e combina,
Por ter seu reflexo nessa tristeza.
Sem a opção, é queda ou colina,
É espinho, é rosa vil e cristalina,
E jaz o tolo arranhado na beleza.