AMOR, NINGUÉM DOMINA...

Não há amor em paz e harmonia,

É a constante de laço e incerteza,

E só o sabor e fim da sobremesa,

Entre o êxtase, e o vir da agonia.

Mas que tolo diga que o domina,

Mascarando o olhar em firmeza,

Na denúncia do corpo na frieza,

Onde morre a razão, se culmina,

Pois a saudade dele é concubina,

O inverso desastroso e combina,

Por ter seu reflexo nessa tristeza.

Sem a opção, é queda ou colina,

É espinho, é rosa vil e cristalina,

E jaz o tolo arranhado na beleza.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 10/12/2022
Código do texto: T7668597
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