COVARDIA NA ARENA
A grande bola esteve fora do eixo,
Enquanto outras estavam em evidência.
E tal celeuma não explica a ciência,
Porque é um mistério de cair o queixo.
Deveria deixar pra lá, mas não consigo,
Um dia alguém vai me explicar a transcendência.
Uma bola ser tratada com truculência,
Entre chutes e pontapés corre perigo.
E tudo sob o olhar de uma multidão
Ensandecida, em delírio e ovação,
Tal e qual nas arenas da antiga Roma.
Dois grupos se revezam em tal covardia.
Alguns, com isso, ficam ricos, ganham fama,
Outros jazem numa maca de ortopedia.
Também presente em meio à correria,
Se não atingem a bola, um juiz reclama.