PAPEL  VAZIO

 

 

Não haverá explicação que entenda o admirar.

Caiba à maneira precisa, explícita, clara,

Que a metáfora indecisa, é o sentido a beirar

Espanto e sombra, base ampla, da funda vala.

 

Guarda atitudes reprimidas; delirar

Metonímias, imprecisas que a voz se cala...

Arrola termos, abrandados dos sinônimos,

E que admira sem entrega, e volte-lhe a fala...

 

Volta a voz, e a vaidade e o orgulho, (seus epônimos),

Reintegram-se a seu modo de agir, avassala

O que havia de belo a admirar-se, mas há hormônios

 

Que mostram-lhe a fraqueza. E com quem acasala,

Impede que se demonstre algo a interessá-la,

Lendo um papel vazio, sem a letra, sem nada...

 

 

 

 

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 06/12/2007
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