Abrigo gostoso
Deito-me numa boa preguiçosa sombra
Meu corpo cansado vai se esparramado
Sentindo a brisa fresca do verde gramado
O vento refrescando, nada me assombra.
Me entrego a ti, bondosa e singela senhora
Olhar se ilumina pela majestosa planta amiga
Chacoalhando dança, charmosa, magnifica!
Escolho-te por encanto na sublime aurora.
Na tua sombra espelha o azul anil do céu
Gotas de orvalho caem, beijam meu rosto
Sensações suaves que respingam ao léu...
Um leito gostoso de saudosas lembranças
Perfumes inebriam o ar com seus sopros
Neste abrigo de paz, mantenho esperanças.
Texto e imagem: Miriam Carmignan