Mnemósine

(A Stephanie Martins)

“Mente, degli anni e dell’obblio nemica…”

(Tasso, GERUSALEMME LIBERATA, canto I)

Quando o inverno de tua vida deformar

As maçãs de teu rosto numa profusão

De rugas, e Saturno, foice sempre em mão,

A cor de teus volumosos cachos roubar,

Do oceano da Memória hei de conjurar

Tua imagem, nos báratros da Imaginação,

Como tu foste, não como és agora – e então,

Fielmente em meu peito a haverei de gravar;

E, qual um pintor, toda noite e todo dia,

À máxima força de minha habilidade,

Milhões de retratos teus, com maestria,

Hei de legar aos pavilhões da Eternidade,

Sagrando teu nome em minha poesia

Como a garotinha de minha saudade…

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 05/12/2022
Código do texto: T7665001
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