FLOR, MINHA FLOR

FLOR, MINHA FLOR

Minha flor, qu’eu te colha com carinhos…

Quando, da espera ao encontro, incontida,

Me reténs na infindável despedida,

Como fosse eu partir por descaminhos…!

Não te anseies d’alheios burburinhos,

Tampouco haja outra lágrima vertida…

Estava escrito amarmo-nos p'la vida

Entre os versos de rotos pergaminhos.

Fomos, que nem os lírios vicejantes,

Em meio a borboletas, dois amantes:

No juncal, orvalhamo-nos n’um beijo.

Esteja o nosso amor eternamente

A luz do teu encanto florescente,

Nos corações, oh flor do meu desejo...

Belo Horizonte - 12 09 1996