CAÇULA
Agora paira o enorme silêncio,
Não há teus ruídos a preencher,
Nem teus latidos nem algazarras,
Há grande ausência a nos corroer.
Agora estamos diminuídos e sós,
Por quinze anos nos completaste,
Deste a dimensão de tua lealdade,
E tua sincera amizade nos ofertaste.
Agora em nosso desamparo total,
Atentos à essa tua inércia atual,
De não encontrar-te pelos espaços.
Agora em que ao nosso derredor,
A solidão nos assusta o interior,
Nossos sonhos tornaram-se opacos.
Ao nosso cãozinho, Caçula, Pinscher,
que faleceu dia 23 de novembro de 2.022, aos quinze anos.