“Tu fui, ego eris.”
“I lived, I loved, I quaffed, like thee…”
(BYRON)
Por que te espantas, temeroso viandante,
Ao contemplar-me cá, inerte e indolente,
E de mim já te afastas apressadamente
Como se fosse eu assim tão repugnante?
E benzes-te tu, meu piedoso viandante?
Benzes-te, achando que hás de prontamente
Despachar-me ao Nada, quando irmãmente
Tenho a dar-te um recado tão importante?
Ó viandante! Bem vês – sou uma caveira…
Mas até alguém como eu pode dizer
Que o que a nós separa é uma tênue barreira…
Desfrute a vida enquanto podes viver!
A morte pode até tardar, mas é certeira,
E como hoje sou, também haverás de ser…