Acordei de um sonho
Acordei daquele nebuloso e absurdo sonho
Aquela casa estava apodrecida, feia, inabitável...
Seres desconhecidos choravam, era inacreditável!
Intrínsecos, apoderavam-se daquele lar tristonho.
Eram seres desconhecidos, doentes se esvaindo...
Enegrecidas imagens esquálidas de pessoas tristes
Contemporizavam caladas, sóbrias, mas infelizes.
Agarravam-se aos tempos idos, já cegas, decaindo.
As paredes, todas danificadas, apodrecidas, caídas
Janelas arrebentadas, telhados sujos, esburacados
Solo enlameado e as escadas sem mais as subidas.
Era uma casa inabitável, esquecida, se deteriorando
Dispersa, soltava-se aos ventos de anos já passados
Enquanto almas caídas, solitárias, iam espionando!
Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google