A Luz Sacra da Lua
Toca profano solo a luz Sacra da Lua
Entrelaçada com o obscuro véu das trevas
Em sonhos te digo parece que flutua
Tua escultura nua, doce magia que me enlevas
Aos poucos, parte da noite febril tu levas
Bebo-a, que em meu corpo teu veneno dilua
E evolua, a vida em suas instâncias mais longevas
Até que venha o Astro e tudo então se conclua
Outra luz virá aqui tomar o teu lugar
Não temes pois é a repetição do Destino
que te é imposto antes que ele venha te expurgar
És ladra confessa do brilho clandestino
Dama da Noite, falante em latim vulgar
És par, metade do mar, lustre horizontino