Soneto ao fim do mundo
Creio chegado ao fatídico tempo
Dou-me do vinho outra golada
Caminho torto na caminhada
Rezo o fim pelo duro intento.
E quanto a esta vida amarga
O valor, da alma, já isento
Dou-me a vida movimento
Morrer enfim, na desgraça.
Claro, fim, morro invernos
Torta via que meu dissabor
A torturar vários infernos.
E deixo a quem, minha dor
Um poema puro e terno
Furto doce do meu amor.