DE TODO O CORAÇÃO
DE TODO O CORAÇÃO
E eu, embora calado e pensativo,
Tenho guardado em mim tanta ternura,
Que sinto o peito arder de calentura,
Enquanto o meu olhar do teu captivo.
Em meio a turbilhões de anseios vivo,
Pois — no ápice do prazer e da loucura —
Te amar tem sido insólita aventura,
E extremo d’um desejo subversivo…
Tenho ainda em meus dedos teu calor,
Depois de mil carícias ao sabor
Das curvas pelo teu corpo desnudo.
Do mesmo modo os lábios bem molhados
Eu trago de teus beijos namorados…!
Eu ardo de te amar mais do que tudo.
Betim - 12 05 1997