Depois do sim, o fim

Sim, resta o silêncio ao final de tudo,

embora sempre haja algo pra dizer,

palavras as cantigas de maldizer

um coração ferido é férreo escudo

Entre escolher o grito e ficar mudo

o não dito não há como desdizer,

a espreita está sempre o contradizer

golpes duros com luvas de veludo

Cabeça a prêmio no meio da estrada

Desregrado pensar deixa-me inerte

Fingi não ler a placa que adverte:

Que não tem saída logo após a entrada

Que é danoso jogar com o fatal flerte

O sim e o fim não há nada que conserte