NA MESMA ESTAÇÃO...

No ar a alma de quem já foste um dia,

Ao meio dia se tornando assombração,

Ecoando a tua voz em triste melodia,

Com as duras rimas em tosca canção.

Seja na luz ou na sombra dessa agonia,

Sem direito aos guias ou adivinhação,

A certeza no peito dessa taquicardia,

Que não há beijo para ressuscitação.

Raie lua, venha lua que assim tardia,

És retrato ou paisagem, vã e ou vadia,

És mais nada, ponto de interrogação.

Para uma pergunta que antes ardia,

Quando sempre ali de mim partias,

Minha garganta, na mesma estação.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 25/11/2022
Código do texto: T7657327
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