CRIVO DA INCOMPREENSÃO
Ponho na terra os pés enquanto giro a cabeça
meu olhar procurando disfarçar a incerteza
das minhas mãos mergulhadas no escuro
tentando juntar elos desfeitos com o tempo
O frio invade a pele e desfoca a luz da esperança
o medo da dúvida envolve e domina a coragem
insisto num profundo e íntimo furo no passado
querendo entender da culpa que é de todos nós
Saio de mim a esmo obsessivo e desesperado
Passando por cima de tudo nas ruas do futuro
tentando encontrar soluções do que acontece
Talvez amanhã acorde sem nenhuma resposta
quem sabe alívio enfim dos meus grilos pessoais
e a união da corrente dividida ser questão social