ENLUARADA

ENLUARADA

Afasto dos mundanos minha pena

E a caminho de ti eu peregrino.

Onde, ora profano; ora divino

Teu olhar se revela à lua plena.

Eu me demoro a olhar para esta cena

Quando a ti, enluarada, me destino.

Até que o coração em desatino

Diante de teu sorriso se apequena.

Já de damas-da-noite se perfuma

O teu jardim de casa envolto em bruma…

Tu te banhas de luar à minha espera!

Ao toque de teu rosto tão-somente

Vejo que não és mármore, sim gente!

E que me queres quanto eu te quisera.

Santa Bárbara - 24 07 1997