Não há disfarce para tua alma contrita
Não há disfarce para tua alma contrita
teu olhar logo após o final do riso
queima infernos onde se vê paraíso
os atentos veem tua existência aflita
Sombras de tua dor tocam quem te fita
Demasiada espera, o divino juízo
sentir a paz de um distraído sorriso
expurgar a mágoa, vil parasita
Te enxerga melhor quem vê teus rabiscos
veias abertas, sentimentos ariscos
Demandam mais que mera compaixão
Não pedes tanto, nem sequer a cura
Tão simples é aquilo que tu procura
Não sangrar a cada passo neste chão