Lembrança de Budapeste
Um lado Buda, doutro lado Peste!
O Danúbio carrega, calmamente,
Algo de mim, até o sol poente,
Sob um céu de verão, azul-celeste.
Johann Strauss, a valsa que fizeste
Ainda hoje ecoa em minha mente.
Ouvi "Danúbio Azul", em tom clemente,
Carpir o pôr do sol de Budapeste.
E trouxe, tatuado na retina,
O voo duma ave pequenina
Que cortejava o sol daquele dia.
E lá deixei, em troca, um soluço
E o verso em que hoje me debruço,
Equanto a lembrança, embalde, cia.