Lembrança de Budapeste

Um lado Buda, doutro lado Peste!

O Danúbio carrega, calmamente,

Algo de mim, até o sol poente,

Sob um céu de verão, azul-celeste.

 

Johann Strauss, a valsa que fizeste

Ainda hoje ecoa em minha mente.

Ouvi "Danúbio Azul", em tom clemente,

Carpir o pôr do sol de Budapeste.

 

E trouxe, tatuado na retina,

O voo duma ave pequenina

Que cortejava o sol daquele dia.

 

E lá deixei, em troca, um soluço

E o verso em que hoje me debruço,

Equanto a lembrança, embalde, cia.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/11/2022
Código do texto: T7655870
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