Promessa das águas

Um galo índio cantou nesta manhã singela;

Tem cheiro de café,de bolo e de pão quente;

Antônio se levanta igual a tanta gente,

e reza para DEUS acendendo uma vela.

O corpo traz cansaço ao seu olhar carente

que defronta o labor.Na fazenda Aquarela

tem poeira na cor,e qualquer homem nela

se resume em plantar,neste chão a semente.

Antônio sonha em vão num dia ver um cisne,

mas o seu sonho aqui,não passa de ilusão

trazida pelo sol onde a terra se tisne.

Escorre o suor pela enxada que já pesa,

mas o som dos trovões junto aos ventos trarão,

as chuvas para a terra em prol da vela acesa.

Leandro Raihmundinii
Enviado por Leandro Raihmundinii em 21/11/2022
Reeditado em 23/11/2022
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