Promessa das águas
Um galo índio cantou nesta manhã singela;
Tem cheiro de café,de bolo e de pão quente;
Antônio se levanta igual a tanta gente,
e reza para DEUS acendendo uma vela.
O corpo traz cansaço ao seu olhar carente
que defronta o labor.Na fazenda Aquarela
tem poeira na cor,e qualquer homem nela
se resume em plantar,neste chão a semente.
Antônio sonha em vão num dia ver um cisne,
mas o seu sonho aqui,não passa de ilusão
trazida pelo sol onde a terra se tisne.
Escorre o suor pela enxada que já pesa,
mas o som dos trovões junto aos ventos trarão,
as chuvas para a terra em prol da vela acesa.