Falta algo em mim...
O vazio solitário que hostiliza, sem preencher
Em lampejos tristonhos de frios descontentes
Ressalto dos sonhos, envelhecendo e carente
Espaços abertos ou atrofiados, difícil conter...
Respingam lembranças loquazes, sem os brios
Oásis fecundo, desperdiçando profícuas horas
Recolho-me nos conflitantes enredos por agora
Ingenuamente, sustento acalantos em dias frios.
Ausências nas imaginações amorosas perdidas
Pelas fronteiras, emanações de amor, solidárias.
Pelos campos enigmáticos, as margens floridas!
Sou resistente aos tempos, falta algo em mim...
Erva daninha que persiste numa alma solitária
Que seja branca, cheirosa como a flor do jasmim.
Texto e imagem: Miriam Carmignan