LIVRAI-ME DA IGNORÂNCIA

Perdi a conta das “portas” dos livros que bati

Das histórias que me fiz adentrar

Dos personagens que pude protagonizar

Dos lugares que me reconheci.

Dos impérios que pude conquistar

Das passagens secretas que abri

Dos fantásticos inimigos que fugi

Da imortalidade que pude experimentar.

Os sonhos improváveis, as grandes paixões

E, o desejo de perpetuar as ilusões

Toda a vez que lia a vida, imitando a arte.

Fecho a “porta” que para mim se abriu

Saio, não mais o mesmo, como as águas de um rio

Que se soma, se renova e se reparte.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 17/11/2022
Código do texto: T7652172
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