MAS, JÁ?

E, eu simulando meu “radar” noutra direção

Fingia não ouvindo, nem vendo

O “papo” de duas “pirralhas”, acontecendo

Manipulando o mundo, a vida, com o smartphone na mão.

Fiquei perplexo vendo o sol, na madrugada, nascendo...

O botão de flor precoce, a pedra bruta exposta, o fruto maduro temporão

As infâncias desavisadas seguindo pela contramão

Enquanto sentia custoso admitir estar envelhecendo.

Nos tempos idos, onde pressa inexistia

Na mesma idade, as algazarras e folias

Corriam nas ruas feito um bando de passarinhos.

Hoje apenas o apelo me faz entender

As etapas não cumpridas na volúpia de crescer

Por este atalho, este descaminho.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 17/11/2022
Código do texto: T7652171
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