PERDEU MANÉ, NÃO AMOLA
Não me surpreendi com o recado sinistro
Neste chão, o crime faz carreira, herança, escola
É tudo tão natural, que ninguém “deu bola”
Prá fala do bandido, na boca do ministro.
“Perdeu mané, não amola”...
Tua revolta, não sou eu que administro
Nem tampouco tua ofensa registro
A dança, agora, é outra. Relaxa e rebola...
Mesmo aviltado, não me indispus com o meliante
Levou o que queria, menos o mais importante:
Minha essência, meu ser.
Seu riso matreiro, malandro, mordaz
Estampa um sadismo que só satisfaz
Os que se embriagam de Supremo Poder.