"Alma serena, a consciência pura,
assim eu quero a vida que me resta.
Saudade não é dor nem amargura,
dilui-se ao longe a derradeira festa."
Fernanda de Castro
Festa
Desejo calma à vida que me resta,
quero-a com alma em luz e não obscura.
Finitos são os dias de aventura,
finitos são os júbilos da festa.
Não trago em mim a cruz da desventura
e o riso em minha tez assim atesta.
Eu pude ver por entre a estreita fresta
o lume que aclarou a rota escura.
Como a semente brota desde o chão
e como a chuva nasce do calor,
viça na boca seca o verso são.
O verso infindo, ao hoje inquietador,
não calará nos dias que virão,
não calará depois que o sol se pôr!
Foto: Arquivo pessoal
Do amigo Jacó Filho:
FESTEJANDO A ARTE
A tantos compositores de belas sinfonias,
Que costumo ouvir em belíssimos recitais,
Agradeço a inspiração pra minhas poesias...
Dos grandes escritores que leio hoje em dia
Reverbero seus cantos como fazem corais,
Para a paz absoluta, proteger nossa alegria...
Adotando na escrita, os estilos ancestrais,
Festejo exercitando, minha arte, dia a dia...