Angústias
Num céu azul rebrilham as estrelas,
abençoando os lares diminutos.
A noite escoa dentre os vãos minutos,
a noite escoa e não consigo tê-las.
Persigo-as enlaçado e preso pelas
loucuras e por meus pungentes lutos.
Fogem nas espirais em giros brutos,
e sem sucesso tento merecê-las.
Vejo o cipreste em vias de alcançá-las,
também da torre escuto as mansas falas
que ligam céu e terra em doce enleio.
E eu fico a prescrutar o meu inferno,
suplico à criação, ao Bem Eterno:
- Dá-me, da estrela, o brilho farto e cheio!
Esse soneto é um diálogo com a pintura "Noite Estrelada" de Van Gogh.
(óleo sobre tela, 1889)
Foto: Google
Do amigo Jacó Filho:
CÉU DE ESTRELAS
Quando vejo em seu poema o céu estrelado,
Sinto as luzes, que cada verso representa,
Imaginando as imagens do sonho versado...
Geometriza a poesia, como a grande teia,
Moldando destinos pra existência feliz...
Embora existam dores, pelos erros que fiz...
E além das emoções, o extenso aprendizado...
Molda-me como um poeta, seu fã e aprendiz...