Angústias

Num céu azul rebrilham as estrelas,

abençoando os lares diminutos.

A noite escoa dentre os vãos minutos,

a noite escoa e não consigo tê-las.

 

Persigo-as enlaçado e preso pelas

loucuras e por meus pungentes lutos.

Fogem nas espirais em giros brutos,

e sem sucesso tento merecê-las.

 

Vejo o cipreste em vias de alcançá-las,

também da torre escuto as mansas falas

que ligam céu e terra em doce enleio.

 

E eu fico a prescrutar o meu inferno,

suplico à criação, ao Bem Eterno:

- Dá-me, da estrela, o brilho farto e cheio!

 

Esse soneto é um diálogo com a pintura "Noite Estrelada" de Van Gogh.

(óleo sobre tela, 1889)

 

Foto: Google

 

Do amigo Jacó Filho:

CÉU DE ESTRELAS

Quando vejo em seu poema o céu estrelado,

Sinto as luzes, que cada verso representa,

Imaginando as imagens do sonho versado...

 

Geometriza a poesia, como a grande teia,

Moldando destinos pra existência feliz...

Embora existam dores, pelos erros que fiz...

E além das emoções, o extenso aprendizado...

 

Molda-me como um poeta, seu fã e aprendiz...

 

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 17/11/2022
Reeditado em 14/12/2022
Código do texto: T7651818
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