Fica por sua conta
Meus poemas são pura invenção
Que o fingimento dá à poesia.
Não fosse assim, jamais escreveria,
Que só fico feliz na solidão.
Escrevo pra José e pra Maria,
Do jeito que escrevo pra joão.
E ainda que me falte inspiração,
Teimosamente a mente ainda cria.
Assim, fique sabendo quem me lê.
Isto vale pra mim e pra você,
Enquanto ainda tem algum juízo:
Quem leu com atenção este soneto
Notou que eu jamais me comprometo,
Pois sempre que escrevo, improviso.