Sina?
Sina? Não, não há sina, há destino
Que se pode mudar durante a vida.
É como se cuidar duma ferida
Trazida desde os tempos de menino.
Olhem atentamente a Margarida!
Se chama bem-me-quer ou mal-me-quer,
Às vezes, uma flor, outras, mulher...
Se bem ou mal, será sempre querida.
Teria uma sina a Margarida,
Por ser deste poeta a preferida?
-Não, pois há de florir noutro soneto.
E outro poeta dar-lhe outro destino,
Que eu sequer pensei, mas imagino...
Um quadro, na parede, em branco e preto.