O REPOUSO DO BOM GUERREIRO
Vejo a mão que acena na despedida,
Como quem diz: Vou ali, volto já!
E não como um adeus numa partida,
De alguém que vai, pra não mais voltar.
Mas, ao fechar a porta, na saída,
Deixa a chave que não mais vai usar.
Já sabe que a viagem é só de ida,
Só não sabe o endereço, o lugar.
Não lhe passa o temor de algum castigo,
Devido a um erro, novo ou antigo,
Não há nada que lhe pese a consciência.
Trilhou o bom caminho, foi amigo,
E ao inimigo soube perdoar,
Na certa um bom lugar lhe caberá .