Indígenas do Brasil

I

O europeu, quando veio ao Brasil,

Viu selvagens nus... e quis, então,

Trazer pra cá a civilização —

Ensanguentando assim o céu anil.

O nativo, porém, se insurgiu...

E o português, aquele bom cristão,

Estabeleceu a morte e a escravidão

No país que ele aqui descobriu.

Passaram-se umas eras de rapina,

E ainda se enxerga como o português,

Do indígena o valor se discrimina.

O homem, buscando lucro nímio, avança...

Mata, numa tremenda insensatez,

Nossa floresta e vida, ora lembrança.

II

Urge o capitalismo desvaneça —

E, do indígena, a luta não se esqueça.

Unam-se as gentes pobres exploradas,

Tomando do rico as terras aradas

Com seu suor e sangue! Não esmoreça

A luta pelo justo! Prevaleça

O amor, não hipocrisia. Serão amadas

As pessoas, pelo bem irmanadas!

Os antigos indígenas brilham

No infinito, provando que o bem vence

O mal. O retorno eles anelam

Para a luta final, que dará fim

À injustiça. Mesmo que se pense

Na morte, o amor real virá enfim.

Thiago Marques Poeta
Enviado por Thiago Marques Poeta em 13/11/2022
Código do texto: T7649184
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