Tempos difíceis

Ó Brasil pátria selvagem de angustiantes dores

Impiedoso pranto que desliza pela selva

A ilusão desleal vomitada das aves negras

Nos túneis repousam seus venenos mortais.

Abutres que derramam fogo e brasa

Com mentiras sepultam a decência

Não esperem aquietação do meu sangue

Não esperem do meu canto o silencio.

Ó pátria amada dos seus pobres filhos

Que dança a valsa da bravura

Que não se dobre às manchas sangrentas

Da boca, derramada a fúria das altas ondas

O grito ácido que retumba e voa longe

Sim, é primavera, a primavera brasileira!