QUAL POSTA

'Eu te saúdo, ó alma a mais honesta'

E coisa e tal, diria em voz sacal

Essa que passa, o cérebro um mingau

De causas e razões servis à besta.

Não canta mais, seu próprio fim de festa

Diz muito sobre a casta, é tão frugal

À espera da sinistra pá de cal...

E então silêncios, pronto, nada resta.

A Musa anda infeliz, meio indisposta

Se em redor o talento já secou

E o melhor deles é só merda (ou bosta...).

Da que se vai, que legado ficou?

Simpatias no mal...e você, gosta?

Não canta mais, que paz!, nem grita 'Gol!'.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 09/11/2022
Código do texto: T7646199
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