Amor sofrido

No alheamento fatal do meu ser, me estremeço

E me tremo com dor peitoral quando sinto,

A hediondez por chorar e sofrer mais, pressinto;

Lividez lacrimal sem um doce começo.

De paciência em vontade ao carinho sem preço,

Em que sofres realmente a torná-lo inextinto

Com um lôbrego anelo e percebe-o indistinto;

Pesará, asca memória em palor, nem te esqueço.

De belígera parte ao tormento, acontece,

Pensarás, a oração e o cuidado na prece,

Ao noctâmbulo vil, a sofrê-la com medo...

Viveremos, amor, me dirás quem prometes...

Haverá uma desculpa essencial dos bilhetes:

"Te amarei, ouvirás com perdão, menos quedo..."

Lucas Munhoz

(08/11/2022)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 08/11/2022
Reeditado em 09/11/2022
Código do texto: T7645705
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