SAUDADE ETERNA

 

Meus dias se resumem na saudade!...

Sem pai, sem mãe e um coração ferido,

sem rumo, sem amparo, sem sentido,

apenas o desgosto da orfandade.

 

Lacuna que me fere a intimidade

do sentimento, em chaga, tão dorido,

causando-me o suplício e, no gemido,

a força da brutal fatalidade.

 

À noite, no silêncio, sem carinho,

reflito a dor e choro bem baixinho!...

Mas permaneço firme na esperança

 

que um dia lá no céu, no reencontro,

felizes (esquecendo o desencontro),

celebraremos com a mor festança!

 

//

 

Interação do poeta SOLANO BRUM. Grata!

 

 

Visitou-me, também, essa ingrata,

Que tem por nome saudade...

Minh'alma, dela, estando farta,

Fechou-lhe a porta, por maldade!

 

 

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 02/11/2022
Reeditado em 01/01/2024
Código do texto: T7641680
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