SAUDADE ETERNA
Meus dias se resumem na saudade!...
Sem pai, sem mãe e um coração ferido,
sem rumo, sem amparo, sem sentido,
apenas o desgosto da orfandade.
Lacuna que me fere a intimidade
do sentimento, em chaga, tão dorido,
causando-me o suplício e, no gemido,
a força da brutal fatalidade.
À noite, no silêncio, sem carinho,
reflito a dor e choro bem baixinho!...
Mas permaneço firme na esperança
que um dia lá no céu, no reencontro,
felizes (esquecendo o desencontro),
celebraremos com a mor festança!
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Interação do poeta SOLANO BRUM. Grata!
Visitou-me, também, essa ingrata,
Que tem por nome saudade...
Minh'alma, dela, estando farta,
Fechou-lhe a porta, por maldade!