EU, POETA DO CERRADO

Eu, tenho o toque pulveroso do cerrado

O cheiro de mato, uma sensação plural

Uma imensidade, ora árido ora normal

Tão cheio de reconto e tom encantado

Projecto do chão de um céu encarnado

Num traço caipira, e sentimento igual

Escrevo com uma transmitância verbal

Bordando os amores, dores e o agrado

Eu, poeta do cerrado em construção

Aqui nasci, raiz, sonhador do sertão

Que canta, chora, sonha, faz poesia

Escrevo-me por inteiro, sou presente

Nos galhos tortos, no vento fremente

Eu, tenho o toque agreste da pradaria!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

27 outubro, 2022, 20’54” – Araguari, MG

Canal do Youtube:

https://youtu.be/LaqNtu5bUDU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/10/2022
Código do texto: T7637285
Classificação de conteúdo: seguro