POEMETO
POEMETO
Longe da meiga viola
Eu quero cantar repente
Recordando do passado
Lembrando da minha gente
Quando cantava inspirado
Ao som do baião plangente
Viola meiga e querida
Companheira do poeta
Inspiração do meu estro
Minha Deusa predileta
Você foi pro meu repente
Humilde, forte e discreta
No palco da cantoria
Você tocava animada
Levando a minha mensagem
No compasso da toada
Conquistando o povo amigo
Abrilhantando a noitada
Com você fiz cantoria
Em todo o nosso sertão
Você brilhava comigo
No palco da diversão
Equilibrando a toada
Nas pancadas do baião
Você deixou no meu cérebro
O ritmo da melodia
A linguagem do repente
O sotaque da ironia
Que ate hoje me convida
Para fazer poesia
Você ficou no meu cerne
Com a sua melopeia
Tocando dentro de mim
Despertando a minha ideia
E me levando a lembrar
Da nossa humilde plateia
Você foi nobre parceira
Dos repentes geniais
Completando a melodia
Das minhas cordas vocais
E prendendo suas cordas
Sobre as minhas digitais