Wanderlust (Ou “O caminhante”)
Já se escoaram anos desde que senti
Uma estranha febre a me incendiar –
Deixei família, amigos, posses e meu lar,
E peregrinando mundo afora saí.
Por mais que meus pés se cansassem, prossegui,
Sem que em parte alguma pudesse demorar.
Eu ando, e ando, e ando – como se a buscar
Por um “não-sei-quê” que olvidei, ou que perdi.
Não tenho nome – dele vim a me esquecer,
E meu passado, desconfio, se perdeu.
Só sei que ainda tenho chão a percorrer
Até que possa reaver o que foi meu
Nalgum mítico lugar onde possa ser,
Sem mais pensar no passado, um novo eu…