SONETO À MORENA
A minha perdição, agora, vós sois
Em um pulsar de bem-querer profundo
E embora insinue, nunca se dispôs
Beijar à eternidade em um segundo
Até sonhei o futuro de nós dois
Como se dono fosse do meu mundo
Acho que me perdi com o depois
É tanto divergir que me confundo
Só me resta apreciar a mesma foto
E qualquer esperança jaz pequena
Na vida em dissabor que adiante toco
Porque a boca somente cá serena
Ante o beijo molhado neste copo
No desejo dos lábios da morena