Retorno a este negro mausoléu
Retorno a este negro mausoléu
Jazendo sempre em maldita cova
Minhas preces nunca chegam ao céu
As minhas dores o tempo as renova
Exponho meus tormentos nessa trova
Não almejando fama ou troféu
Mas para que este mal não seja ao léu
Descanso a minha alma nessa alcova
Assombrado por ecos do passado
Sou atraído aos monumentos abandonados
E conservo no peito infinda melancolia
E na escuridão a treva me enlaça
E no impeto de conter minha desgraça
Eu me ergo e retorno a poesia