QUOTIDIANO
O vazio é um deserto sem cor,
A alma é indigente sem nome
Que habita um vácuo de onde
Abstrai-se o intelecto furta-cor.
No deserto há um vazio oculto
Donde o seco parece a ousadia
Que provoca a luz que se daria
A um mundo bastardo, inculto.
A vida é camuflada pela solidão
Dos muitos que só sabem o não
Diante de uma plateia indolente.
Plenos são os espaços rotineiros
Dos que não têm companheiros
E fenecem à míngua do presente.
DE Ivan de Oliveira Melo