A Fortaleza
Nos pântanos soturnos da tristeza
Entre os sevos ciprestes suplicando,
Nos umbrais a medula da realeza
Demoníacos gênios estão ceifando.
Nos corpos desnudos desta incerteza
Os abismos fecundos delirando
Um mar de sangue na última mesa
Sombras da noite triste apavorando.
Um rio de tempo que também transcorre
Tormento da alma que no final morre
Cegos da fortaleza interminável.
Um demônio misterioso que corre
O viageiro enxerga o abominável
Sorte e morte da mulher execrável.