À ESPERA

À ESPERA

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=14/out./2022)

Fui arquiteto da imaginação!

ergui castelos, tantos monumentos...

qur vi soprados pelos fortes ventos,

vi eclodir, ruir, cair ao chão.

Hoje, um peregrino da velhice,

nada mais ergo com minha arquitetura,

nem mesmo imagino a sepultura

que possa ter; perdi toda crendice.

Na regressividade conto os dias

que vejo figurar no calendário,

alimentando, ainda, nostalgias.

Porém... sempre agradeço pela vida,

por tudo que é real ou imaginário;

à espera, enfim, da despedida.