ADVOGADO DE MIM MESMO...

Sou advogado de mim mesmo,

Nas causas pendentes à esmo

Que a justiça me impõe por termo

De julgares, bem ou mau, à ermo...

Eu me julgo, no tribunal,

Se sou inocente, à se culpar,

Ou culpado por se absolver,

Na lei, par e ímpar que se tem...

E me culpo e me inocento.

Me dou sentença, que entendo

Ser-me razoável à se cumprir,

Fechado ou semi-aberto, hei-lo,

O que me reserva de tempo, o tempo

De chegar à prisão e dela sair...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 15/10/2022
Código do texto: T7628323
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