ADVOGADO DE MIM MESMO...
Sou advogado de mim mesmo,
Nas causas pendentes à esmo
Que a justiça me impõe por termo
De julgares, bem ou mau, à ermo...
Eu me julgo, no tribunal,
Se sou inocente, à se culpar,
Ou culpado por se absolver,
Na lei, par e ímpar que se tem...
E me culpo e me inocento.
Me dou sentença, que entendo
Ser-me razoável à se cumprir,
Fechado ou semi-aberto, hei-lo,
O que me reserva de tempo, o tempo
De chegar à prisão e dela sair...