Envelhe(ci)mento

Solta os cabelos e lhe deita a tinta.

Pinta-lhe o branco; mas logo ele volta.

Revolta: artesã escrava de quinta.

Trinta; entra nos ‘entas’ sem uma escolta.

Sem volta, há estrias e dói a variz.

Crise de pânico; ninguém entende.

E surpreende a nova cicatriz.

O nariz, nesse estigma se prende.

Tende ao desalento; há uma brasa.

A casa do amor sempre reacende.

Aprende que a vida nunca é rasa.

Vaza do achaque; busca o que pretende.

Rende-se ao feliz, e não se atrasa

Asa perde força, o sonho é duende.

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 12/10/2022
Código do texto: T7626170
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