SONETO - Sem saída - 20.08.2022 (PRL)

 

 

 

SONETO – Sem saída – 20.08.2022 – (PRL)

 

 

 

Não, não me dês esse lenço, que é ínfimo,

Para aplacar o rio de meu pranto,

Pois é mísero e aguenta só um dízimo, 

Porque preciso mais do que um manto...

 

E por quem choro absorve no seu íntimo,

Essa lindura de ser, que alça encanto,

Porém a quero, e esse amor é legítimo,

Desejo estar com ela, isso eu garanto...

 

Mas quando a vejo imóvel no seu leito,

Dá-me tristeza e resto constrangido,

Oro baixinho, e peço ao Deus por ela...

 

Tão-somente Ele a abrandar o meu peito,

Sofrido, em desespero, assaz vencido,

Sem saída aparente da viela.

 

SilvaGusmão

 

Imagem: Particular, óleo s/tela de minha autoria.

 

Um dia depois Deus a levou para o seu mundo.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 11/10/2022
Código do texto: T7625293
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