Risco Brasil
A fome mata o pobre, mata o preto...
E mata os que não têm cidadania...
Ainda assim, não mata a poesia
Que alimenta os versos no Soneto.
A fome é o cifrão da covardia
Em moeda vigente no país.
A farça que alimenta os mercantis,
E rouba o de-comer da maioria.
A fome cala a boca do fuzil,
Enquanto os ratos comem no covil,
A planejar o golpe iminente.
Eis o Risco Brasil, o verdadeiro:
Que a fome venha a ser um escudeiro
Pra proteger o ovo da serpente.