Aparece em vitrais, em romances, em versos,

E em castelos, jardins, alfarrábios, cavernas,

Na leal Tradição e nas obras modernas,

Na fiel Tradução, a Vulgata em reversos...

 

Ressurgindo na aurora orações sempiternas,

Soberana em fulgor dos gerais universos,

Esmagando a minguante, a demônios perversos,

Normalmente em azul, em mantilhas supernas.

 

Às donzelas do véu do martírio vermelho,

Aos cruzados mortais na Santíssima Guerra,

Um modelo exemplar, o bondoso conselho;

 

Mas ainda que muito apareça brilhante,

Coroada no Céu, coroada na Terra,

De Maria jamais se falou o bastante...

 

 

Soneto alexandrino anapéstico escrito por ocasião da II E-Antologia de Poesia Retrô (2022) que pode ser baixada gratuitamente aqui.