SEM UMA PRESENÇA

Não tenho a quem recitar os meus versos

Dos devaneios, medos, do poetar de amor

Com emoção, sensação, de rumos diversos

Colocando sentido e sentimento ao dispor

No silêncio, sem um olhar pra permanecer

Logo, a solidão poeta e o poeta na solidão

Declama os seus versos para o amanhecer

Tentando poetizar a prosa sem interação

É triste a quem não ter os versos para ler

A cada momento o ledor sem comparecer

E no tormento a imensidão da indiferença

Então, o instante é de companhia distante

E o poema fingindo ser um acompanhante

Quando, a poesia é fira sem uma presença

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

04 outubro, 2022, 19’25” – Araguari, MG

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https://youtu.be/3W2DqJjl81A

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 04/10/2022
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