Às vezes
Às vezes és felicidade e carisma,
Às vezes, teu amor sou eu, somente eu.
Ora eu sou tua nobreza, ora plebeu,
Às vezes és tristeza rude e cataclisma.
Às vezes és imenso engodo e sofisma,
Fazes de mim, um malfadado anjo ateu.
Falas depois que o meu pranto não valeu,
Isto é apenas teu engano e tua cisma.
Às vezes amas-me, às vezes tens-me ódio,
Duplas personas que eu nunca entendi.
Quisera eu, que fosse apenas episódio,
E difamado, penso eu, não desistir.
Me acabrunho, mas, eu tenho o meu primórdio,
Infelizmente, nesta vida, eu amo a ti.