A uma Galeria de "Heróis"
Aqui se firmam os varões valentes,
Tal e exclusivamente na parede;
Se precisares, eles 'stão ausentes,
Não podem mais te saciar a sede.
Nem tampouco matar os inocentes
Que descansam em casa, numa rede
Já não lhes cabem mais guerras frementes,
Já não podem mais nada o que se pede.
São à mostra os heróis sanguinolentos
Empoeirados pelos sóis e ventos:
Dança escomunal que até retumba...
Ah! Mas eles têm por honra as medalhas
E os que partiram no fio das navalhas
Têm por memória tão somente a tumba.