SONETO DA ALMA HUMANA
A infância morreu no meu peito
Sem nunca antes ter nascido
Foi um sonho não cumprido
Que tão cedo teve o seu leito
Então, em mim só tristeza tinha
Talvez mais viva do que eu
Eu sou um jardim de espinhos
Onde o que é triste não morreu
Descalço, nu e sem rumo
Eu morro nas tardes, sozinha
E vislumbro a margem tingida
Dentro de um banho no escuro