SONETO DA ALMA HUMANA

A infância morreu no meu peito

Sem nunca antes ter nascido

Foi um sonho não cumprido

Que tão cedo teve o seu leito

Então, em mim só tristeza tinha

Talvez mais viva do que eu

Eu sou um jardim de espinhos

Onde o que é triste não morreu

Descalço, nu e sem rumo

Eu morro nas tardes, sozinha

E vislumbro a margem tingida

Dentro de um banho no escuro

Fabiana Alves
Enviado por Fabiana Alves em 28/09/2022
Reeditado em 28/09/2022
Código do texto: T7616282
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